Há dois cenários no mapa da secretaria de Saúde do Estado neste momento: 1 – a terceira onda de Covid-19; 2 – e a nova estratégia hospitalar com foco em outras áreas de olho no pós-Covid. Com o avanço da vacinação, tanto um como o outro dos cenários tem influência da imunização. No caso da terceira onda da doença em Santa Catarina, a expectativa era de um quadro pior daquele que vem se desenhando.
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O secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, acredita que a vacinação ajuda, mas também houve receio das pessoas com a chegada de um novo momento com alta de casos. Atualmente, o número de pessoas com a Covid varia entre 19 e 20 mil. O índice ainda é considerado alto, mas é metade do trágico março/abril de 2021.
– A terceira chegou numa velocidade, até então, muito menor do que imaginávamos, graças a Deus. Aumentou o numero de casos de ativos, mas não aumentou ainda a gravidade dos casos – diz o secretrário.
Aos poucos, pelos índices da secretaria, a ocupação dos leitos de UTI se normaliza. No meio da semana passada havia 113 espaços livres em SC. Apenas três pessoas aguardavam por uma vaga. Nestes casos, afirma Motta Ribeiro, os pacientes não apresentavam condição de transferência para outras partes do Estado. Por isso permaneciam nas suas respectivas regiões.
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Pós-Covid em SC
Mas, ao mesmo tempo, o governo já olha para pós-Covid. Por conta isso, vai atualizar as diretrizes hospitalares catarinenses para colocar no foco três frentes: cirurgias eletivas, hemodiálise e saúde mental. No caso das eletivas, o cenário é cada vez mais preocupante. Antes da pandemia era 73 mil pessoas na fila por um procedimento, agora são mais de 100 mil. Aos poucos, conforme o secretário, alguns hospitais estão retomando as cirurgias por terem condições de medicamento e estrutura. A ideia é que isso ocorra com mais frequência caso a ocupação de leitos por Covid-19 continue diminuindo.
Já se tratando de saúde mental, o Estado tem um grande desafio que é auxiliar as pessoas psicologicamente atingidas depois de um ano e quatro meses de pandemia. Como era de se esperar, passada a crise do coronavírus, outras ondas de saúde virão pela frente, incluindo o atendimento psicológico aos catarinenses. Por isso a preparação é fundamental.
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