O efeito desejado pelo governo do Estado com o anúncio do novo plano de carreira do magistério em Santa Catarina começa a ganhar outro rumo. Desde que a secretaria de Educação publicou a nova tabela salarial nas redes sociais, houve uma enxurrada de críticas por parte dos professores. E a principal reclamação é que os valores divulgados não são os mesmo que haviam sido anunciados inicialmente pelo governo. Um deles, por exemplo, é o que será pago para os profissionais em final de carreira e doutorado. O salário chegará a R$ 11 mil, de acordo com o Estado, mas a tabela mostra R$ 8.151,68 como o topo da categoria.
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A justificativa da secretaria é que os R$ 11 mil contemplam as incorporações feitas ao longo da categoria como os triênios. Os valores da tabela são apenas o salário-base, segundo o Estado. Mesmo assim, a insatisfação entre os professores é grande. A deputada estadual Luciane Carminatti (PT), presidente da comissão de Educação da Alesc, criticou o novo texto em posicionamento feito na tarde de terça-feira (19).
Segundo ela, o clima é de “desolação total” nas escolas: “Em relação à tabela que vimos apenas pelas redes sociais, posso afirmar que, mais uma vez, não atende à maioria do quadro efetivo. Os 11 mil para doutores contempla 0,34% do quadro; o reajuste para mestrado não atinge nem 5%. Ou seja, a grande maioria, os professores com especialização, terá 10% de reajuste, algo em torno de 300 reais por mês. O salário deles ficará menor do que os 5 mil concedidos como remuneração mínima na PEC anterior”.
O Estado alega que os R$ 5 mil já aprovados na Alesc seguem como base para os salários. Como a tabela aponta algo diferente, entretanto, ficou claro que o governo tropeçou no próprio anúncio. Faltou clareza, o que instalou o clima de preocupação entre os professores do Estado.
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Na Alesc já houve repercussão, assim como o exemplo da deputada Luciane Carminatti. Outros deputados também manifestaram preocupação com os valores divulgados mesmo depois da apresentação do projeto na própria Assembeia.
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