Foi apertada a votação no Supremo Tribunal Federal (STF). Por três votos a dois, a Segunda Turma decidiu pelo prosseguimento da juíza Janaína Cassol Machado como a responsável pela operação Ouvidos Moucos na Justiça Federal de Florianópolis. A ação da Polícia Federal (PF) foi deflagrada em 2017, para investigar supostas irregularidades em contratos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). À época, o então reitor, Luiz Carlos Cancellier, foi preso. Menos de um mês depois da operação, ele cometeu suicídio.
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Julgamento empatado no STF pode anular processo da Ouvidos Moucos, que prendeu Cancellier
Os ministros do STF julgaram um recurso extraordinário da defesa de Eduardo Lobo, um dos investigados. Os advogados Marlom Formigheri e Gabriel Annoni Cardoso alegaram que a juíza deveria ser considerada suspeita para comandar as investigações na Justiça Federal. Caso esta tese tivesse vencido, tudo o que foi feito após o oferecimento da denúncia pelo MPF seria anulado.
A votação na Segunda Turma ocorreu de forma virtual. Na noite desta quarta-feira (12), o ministro Nunes Marques fechou o placar ao seguir o voto do relator, o ministro Edson Fachin, que havia se posicionado contra o recurso.
Além de Fachin e Nunes Marques, o ministro André Mendonça também votou contra o recurso, enquanto Ricardo Lewandowski acompanhou Gilmar na divergência, a favor do recurso. Os advogados de Eduardo Lobo pretendem pedir a nulidade do julgamento por entenderem que eles não tiveram acesso à sustentação oral durante a análise do recurso.
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