A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta terça-feira a extradição do austríaco Klaus Peter Pils, de 41 anos, preso em dezembro do ano passado em Itajaí, no litoral de Santa Catarina. Ele foi detido pela Polícia Federal (PF) e está na penitenciária da Canhanduba, também em Itajaí, desde então. Pils era procurado pelo crime de burla, que teria sido cometido na Alemanha. No Brasil, o ato é chamo de estelionato.
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A relatoria do processo de extradição era do ministro Edson Fachin. O pedido do governo alemão foi aprovado por unanimidade pela Turma. Segundo a acusação vinda da Alemanha, o austríaco teria agido com um nome e passaportes inventados para fazer negociações e não pagou qualquer obrigação assumida "de modo a enriquecer-se indevidamente no valor equivalente das encomendas".
O mandado de prisão contra ele havia sido expedido pela comarca de Ansbach, na região da Baviera alemã. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), com base em informações vindas do país que pediu a extradição, Pils teria praticado a burla 12 vezes, além de outras cinco tentativas, entre 2015 e 2016.
O advogado de defesa do austríaco, Clóvis Barcellos Junior, disse que a ideia do acusado é não recorrer da extradição porque ele pretende provar sua inocência na Alemanha. O defensor nega que Pils tenha cometido os crimes:
— Os crimes ocorreram quando ele (Pils) já estava no Brasil. O Klaus não teve vantagem nenhuma. O Klaus nunca soube que era procurado. Ele entrou e saiu do país pelas fronteiras e nunca teve problemas.
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Segundo Barcellos Junior, o estrangeiro chegou no Brasil em 2016 para trabalhar. Até ser preso, ele atuava em Itajaí com exportação.