Chegou a primeira crise de gestão para o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). O incêndio com três mortes e dezenas de feridos no Complexo Penitenciário da Agronômica, em Florianópolis, acende um alerta para a segurança pública do Estado. O ponto principal é a situação do sistema prisional catarinense. Nas últimas semanas, detentos se mobilizaram nos bastidores com reclamações de mudanças de rotinas e outras cobranças. Em paralelo, o efetivo de policiais penais está muito abaixo do ideal. Diante da gravidade da ocorrência na Capital, Jorginho se reuniu ainda na noite de quarta-feira (16) com secretário de Administração Prisional, Edenilson Schelbauer.
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SC tem 9 cadeias superlotadas e em péssimas condições; penitenciária incendiada é uma delas
As causas para o incêndio ainda são minimizadas pelo governo, que diz não ter ocorrido motim ou rebelião. No entanto, há diferentes versões que apontam para um desajuste interno que possibilitou a grave ocorrência. Nos próximos dias, a secretaria e o governo precisarão esclarecer como um colchão foi incendiado dentro de uma cela sendo que não é possível entrar com qualquer material que gere fogo dentro das unidades prisionais.
Em paralelo, ganha força a discussão sobre a necessidade de contratação de policiais penais. Há 458 concursados aprovados e treinados à espera de nomeação. O reforço é urgente. Em várias unidades prisionais catarinenses fala-se em redução de atividades dos presos por conta da falta de profissionais necessários para atuar.
A preocupação dos servidores atuais é que as facções criminosas levem os descontentamentos internos para as ruas, como ocorreu entre 2012 e 2014. Porém, isto ainda não foi diagnosticado pelas forças de segurança no momento atual.
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