O processo envolvendo um racha que resultou na morte de Maurício Lisboa, de 72 anos, e ferimentos na esposa dele, em maio de 2022, ocorrido na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, seguiu diferentes desdobramentos para três acusados. Um deles, que é servidor público, irá a Júri Popular pelo caso, enquanto outras duas pessoas acusadas pelo MP-SC tiveram as ações penais encerradas e foram inocentado.

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O servidor público Gladson Hoffmann da Silva, que conduzia um Honda Civic em alta velocidade, de acordo com a polícia, foi pronunciado e será julgado pelo Tribunal do Júri. No dia do acidente, ele foi preso em flagrante e solto pouco tempo depois. Já outros dois motoristas, que estariam no racha com Gladson na Beira-Mar Norte, tiveram os casos arquivados.

Um deles, com defesa do advogado Nilton Macedo Machado, identificado posteriormente como um dos motoristas que participavam do racha, teve sua ação penal trancada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O tribunal entendeu que não havia provas suficientes para justificar a continuidade do processo contra ele, considerando a ausência de elementos que pudessem associá-lo diretamente ao acidente.

A instrução criminal prosseguiu para Gladson e outro motoristas, que conduzia uma BMW. No caso do condutor da BMW, representado pelo advogado criminalista Carlos Augusto Ribeiro, o juiz Monani Menine Pereira, da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis, decidiu pela impronúncia, destacando a falta de provas que pudessem demonstrar que ele era o motorista da BMW preta envolvida no racha. O magistrado concluiu que não havia elementos suficientes para levá-lo a julgamento pelo Tribunal do Júri. Além disso, o STJ, em decisão de habeas corpus, também trancou a ação penal contra o condutor, encerrando o processo definitivamente.

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Gladson, então, foi o único dos três réus a ser pronunciado ao final da instrução. Ele responderá pelos crimes de homicídio qualificado pela morte do idoso e de tentativa de homicídio contra a esposa da vítima, que também estava no carro no momento da colisão.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) recorreu da retirada de algumas qualificadoras do crime, enquanto os advogados de Gladson, Francisco Ferreira e Mathaus Agacci, recorreram para evitar que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri. Os recursos estão sendo analisados pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina.