Falta apenas o aval do governador Carlos Moisés da Silva para que se inicie a seleção das cidades de Santa Catarina que vão receber o modelo estadual de escolas cívico-militares. O Estado aderiu ao projeto do Ministério da Educação (MEC), inclusive com sugestões de aplicação usadas pelo governo federal, mas também terá um programa próprio para colocar policiais e bombeiros militares da reserva dentro das unidades com a missão de trabalhar a disciplina dos alunos.

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Dentro do modelo do MEC, quatro cidades catarinenses já têm escolas selecionadas: Itajaí, Chapecó, Biguaçu e Palhoça. Segundo o secretário de Educação do Estado, Natalino Uggioni, no projeto estadual, que vem sendo chamado de Escolas de Educação Compartilhada, a ideia inicial é que mais oito cidades de diferentes regiões sejam contempladas. A definição virá do governador. Assim que isso ocorrer, o que é esperado para janeiro, começa a escolha das unidades.

A prioridade será para unidades inseridas em comunidades de vulnerabilidade social. Antes de qualquer coisa, há uma votação dentro da escola para saber se pais, professores e alunos aceitam a implantação do modelo. Enquanto isso, há uma seleção de bombeiros e policiais interessados em participar do projeto. Eles passam por uma qualificação específica. A gestão da unidade e a parte pedagógica continuam sob responsabilidade de professores.

A proposta é que no começo do ano letivo de 2020 as escolas já funcionem dentro do novo modelo, que inclui um tipo de uniforme diferente do restante da rede estadual. Inicialmente, Moisés havia pedido que 12 escolas tivessem o método, uma por região militar do Estado. Como o governo federal vai contemplar quatro cidades, a proposta da secretaria é envolver mais oito.

— O modelo está pronto. O governador definindo quais serão as cidades, teremos as escolas em que faremos a consulta para ouvir a comunidade. Se eles não quiserem, a gente altera – explicou Uggioni sobre o método de escolha.

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O Corpo de Bombeiros e Polícia Militar (PM) têm participado das reuniões sobre o projeto. Uma delas ocorreu na sexta-feira (20), com a presença do chefe de gabinete de Carlos Moisés, o coronel Marcio Ferreira. As duas corporações vão ceder seus servidores da reserva para trabalhar disciplina e cidadania dentro das unidades.

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