Os dados da secretaria de Estado da Saúde apontam que 5,8 milhões de doses contra a Covid-19 já foram aplicadas em Santa Catarina. Por outro lado, a pasta afirma que já distribuiu 6,8 milhões de imunizantes para os municípios catarinenses. Esse atraso de 1 milhão de doses no abastecimento dos dados junto ao Ministério da Saúde tem preocupado o Estado, que nos últimos dias intensificou a conversa com as prefeituras para aumentar a inserção das informações de aplicação das vacinas.

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A coluna procurou o presidente do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de SC (Cosems), Daisson Trevisol, que apontou três fatores para a diferença entre os dados. Na visão dele, a prática é diferente daquilo que aparece no sistema do Ministério da Saúde. Para o gestor, as vacinas estão sendo aplicadas, mas existe uma diferença entre o uso na população e a colocação dos dados no programa.

Trevisol citou o caso das vacinas recebidas nos últimos dias, que nem todas ainda foram aplicadas. Em Tubarão, onde o presidente do Cosems é secretário municipal, as doses que vieram no final de semana serão usadas na quarta-feira para o público de 18 anos ou mais. Segundo ele, somente depois disso é que a aplicação aparecerá no sistema. Além disso, Trevisol alega que há dificuldade por parte dos municípios com o próprio sistema do Ministério.

Ao mesmo tempo, o secretário municipal não nega que haja dificuldades e atrasos por parte de algumas cidades. Para isso, o Cosems diz que conversa com os gestores locais para eventuais necessidades.

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Temor do Estado junto ao Ministério

A preocupação dentro da secretaria de Estado da Saúde é que a diferença de dados, que atualmente é de 1 milhão de doses, possa dificultar as conversas de SC com o Ministério da Saúde. Isso porque os gestores federais podem afirmar que há vacinas ociosas no Estado e negar pedidos de mais imunizantes. Os municípios, por outro lado, entendem que o abastecimento é gradual e depende da aplicação conforme os prazos e coronogramas.

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