Com alta demanda de oxigênio nos hospitais de Santa Catarina pelo colapso da Covid-19, o governo catarinense tenta ampliar a quantidade do produto disponível em pelo menos 14 unidades geridas pelo Estado. Nos últimos dias, a secretaria de Saúde fez tratativas com empresas em busca de ampliação da oferta. Duas empresas foram consultadas. Uma delas é a White Martins, que já tem um contrato com a pasta de fornecimento de oxigênio medicinal, além dos equipamentos necessários. A outra foi a Air Liquide.

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A intenção do Estado no contrato com a White Martins é fazer um aditivo de 100% no contrato de 2019. As unidades hospitalares já haviam feito aumento individual da contratação de 25%. A empresa enviou um orçamento na semana passada com valores para a ampliação de contrato. Já a Air Liquide informou que não há disponibilidade de oferta para o Estado no momento.

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Em ofício interno a da secretaria de Saúde da última quarta-feira, o superintendente dos Hpspitais Públicos Estaduais, Márcio Mesquita Judice, e o gerente de Acompanhamento de Custos e Resultados, Cristiano de Oliveira Alves, pediram a ampliação em 100% do contrato com a White Martins. O documento foi encaminhado ao superintende de Gestão Administrativa, Luciano Jorge Konescki.

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Um dia antes, na quarta-feira, Konescki havia pedido tanto a Judice como a Alves uma análise de valores diante da alta demanda. No documento ele diz que os 25% já aditados no contrato dos hospitais não atenderá as necessidades diante da demanda crescer, e se justifica: “não está relacionada à ausência de planejamento e sim, à demanda decorrente da pandemia e número de casos”.

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No despacho mais recente, na quinta-feira, Konescki pede que seja feito um levantamento com outro fornecedor, além da White Martins, para assumir o serviço concomitantemente, “considerando que provavelmente haverá dificuldades quanto ao uso de mesma rede”.

Aviso da White Martins

A White Martins enviou um alerta para a secretaria de Saúde durante a semana nos últimos dias. O pedido é para que qualquer aumento de demanda ou mudança estrutural para ampliação de atendimento sejam comunicados à empresa para que ela possa garantir a entrega do produto destinado às unidades hospitalares. Uma das reclamações recentes foi por conta de dificuldades dos caminhões de acessar as unidades para a entrega do produto, principal nas unidades de Florianópolis e São José diante do trânsito e movimentação de veículos.

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