O exerício da demagogia não é um fator novo na política brasileira. Longe disso. Desde os primórdios tupiniquins é possível resgatar episódios em que a população foi induzida por discursos sem eficácia ou baseados em tão somente promessas vazias. Os tempos atuais, porém, ganham a potencialização dos movimentos demagógicos com o uso das redes sociais.
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Quem antes precisava subir em um palanque, andar pelas ruas ou usar a tribuna para iludir, agora o faz através da tecnologia, com alcance ainda maior e um público ávido por soluções simples e imediatas. E é isto, justamente, que vive Santa Catarina de forma mais intensa neste começo de 2024. Para além das ondas eleitorais de 2018 e 2022, o Estado passa por uma onda de demagogia.
Decretos e projetos de lei baseados em inconstitucionalidade ou até já previstos por outras legislações viraram moda. Mais do que uma ferramenta de serviço e orientação social, a rede social passou a ser utilizada para espalhar a onda demagógica e torná-la um tsunami capaz de arrastar até quem tentou ficar fora dela.
É necessário destacar, entretanto, que muito deste comportamento é gerado por um eleitor cada vez menos concentrado em eficácia, mas preocupado em demasia com as aparências. Não basta pleitear recursos, defender comunidades, é preciso agir para demonstrar que atua dentro da mesma ideologia.
Com este ritmo, espalha-se a ilusão, num jeito fácil de fazer política. Difícil é transformar o ideal em lei. Difícil é ser efetivo dentro do que se propõe. Por isto é que a preferência dos adeptos da onda de demagogia é seguir conduzindo o povo sem muito esforço.
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