Santa Catarina entrou de cabeça no novo programa da escolas cívico-militares do governo federal. Nesta quinta-feira, o governo do Estado anunciou a sétima escola da rede que fará parte do projeto. A EEB Henrique Fontes, de Tubarão, foi incluída junto com as outras seis unidades de diferentes regiões que já haviam sido definidas em 2020. Pelo modelo, militares das Forças Armadas e das polícias estaduais atuam em conjunto com os servidores das escolas na coordenação das atividades internas.
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Santa Catarina vai aderir ao programa de escolas cívico-militares do governo federal
Segundo a secretaria de Estado da Educação, esta será a última unidade considerando o edital disponibilizado pelo Ministério da Educação. Caso haja saldo de outros Estados, há interesse de SC em colocar mais escolas no programa. Mais uma sinalização do governo catarinense de que pretende fincar o pé no novo projeto federal, também uma clara aproximação do governo Carlos Moisés ao governo Jair Bolsonaro.
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Um dos requisitos é que ao menos 26 militares das Forças Armadas – 20 praças e 6 oficiais – morem na cidade. Policiais e bombeiros militares estaduais também poderão integrar o projeto. Outro critério é a necessidade de a escola estar instalada em área de vulnerabilidade social. Além disso, a comunidade escolar precisa aprovar a proposta. O trabalho dos militares internamente será de disciplina. A estrutura escolar continua sendo administrada pelos profissionais da rede de educação, seja ela municipal ou estadual.
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Como as prefeituras também podem aderir ao projeto, alguns municípios com gestores alinhados aos pensamentos do presidente Bolsonaro têm procurado entrar no programa. Em Itajaí uma unidade já faz parte do projeto.
Já há em Santa Catarina um modelo de escolas semelhante, que são os colégios militares mantidos pela Polícia Militar (PM-SC). A metodologia, no entanto, é diferente, com a corporação no comando do processo pedagógico. Ao incluir mais escolas no programa do Ministério da Educação, o Estado indica que pretende seguir no caminho da colocação da outras unidades dentro do projeto e se aproximar ainda mais da linha de trabalho do governo federal. Claramente há uma aposta de Carlos Moisés no modelo cívico-militar, o que não deve tirar a atenção do restante da rede.