O mais difícil está pronto. Santa Catarina não precisa inventar, nem mesmo fazer criações mirabolantes. Está tudo lá, na Serra Catarinense. O clima da região tornou as cidades do local as mais frias do Brasil. Há neve como não se vê em outro ponto do país. As temperaturas ficam abaixo de zero com frequência, inclusive fora do inverno. Ou seja, nada mais atrativo do que isto para marcar um roteiro como turístico e torná-lo atrativo a visitantes.
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No entanto, a Serra Catarinense está longe de ser uma realidade quando o assunto é destino de frio. Prova disso é o recente levantamento do portal Booking, uma referência em buscas por viagens e hotéis. O site mostrou as 10 cidades mais buscadas por quem pretende viajar em julho e agosto deste ano. E, pasmem: não há nenhum destino catarinense na lista.
O Estado mais frio do Brasil, com neve, geada, chuva congelada, Serras incomparáveis, vinícolas e muitas outras atrações não figura entre os lugares procurados pelos brasileiros para viajar durante o auge do inverno. Uma comprovação de que a estruturação turística da Serra Catarinense precisa repensar suas ações.
O Estado tem um pote de ouro nas mãos. Agora basta sabe explorá-lo ao ponto de trazer emprego, renda e arrecadação. Algumas medidas começam a aparecer de forma tímida, mas são um alento. Urupema está em obras para uma rua coberta na tradicional praça central. Urubici e São Joaquim também recebem investimento em infraestrutura, enquanto Bom Jardim da Serra caminha para ter um novo mirante na Serra do Rio do Rastro.
São avanços importantes para tornar nossa Serra ainda mais atrativa e confortável aos turistas. O principal nós já temos, agora o caminho precisa ser seguido para ampliar a qualidade aos turistas. Santa Catarina virou por muito tempo as costas para o frio enquanto olhava para o verão. Chegou o momento de mostrar que temos condições de fazer com o frio exatamente o que fizemos com o calor e colocá-lo na lista das preferências de quem viaja atrás de baixas temperaturas.
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