Há uma fila de espera por leitos de UTI Covid para adultos em Santa Catarina. A coluna teve acesso a dados internos da secretaria de Estado da Saúde, que apontam pelo menos 50 pessoas aguardando por uma unidade de terapia intensiva dentro do sistema de regulação estadual. Mas, segundo fontes da pasta, o número é ainda maior porque somente são enviados para o controle interno os pacientes com condição de transporte para longas distâncias no caso de transferência.

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Os casos internados em UPAs também não entram na fila porque necessitam de estabilização. Por isso é que o número da fila tende a ser maior do que aquele presente no sistema do Estado. Segundo os dados de quarta-feira (24), às 10h, havia vagas apenas na Norte/Nordeste e Foz do Rio Itajaí. Mas eram seis ao todo, que haviam sido destinadas a pacientes na fila.

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O Grande Oeste é a região que mais demanda do sistema de regulação atualmente. Pelos dados de quarta-feira, era 24 pessoas esperando por vaga. Depois vinha a Grande Florianópolis, com 11 (veja o quadro baixo com os dados completos).

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A coluna procurou Ramon Tartari, superintendente de Regulação da secretaria de Saúde através da assessoria de imprensa da pasta, mas após dois dias de contato não houve confirmação de entrevista. Em audiência na Alesc, na manhã de quarta-feira (24), o servidor admitiu que os 783 leitos de UTI Covid abertos desde março estão “todos eles ocupados ou praticamente ocupados”.

– Somente ampliar leitos não será a solução – afirmou na reunião.

Um das evidências da fila de espera veio em outras falas do superintendente: “Estamos tentando regular o que não existe. O consumo dos leitos é absurdo, e os pacientes são graves. A regulação não pode tampar o sol com peneira”.

Para finalizar, Tartari ainda disse que precisa de soluções de curtíssimo prazo diante do cenário preocupante de ocupação em Santa Catarina.

Colaborou Cristian Weiss