As operações recentes que escancararam suspeitas de irregularidades na prestação de serviços funerários em Santa Catarina jogaram luz sob um tema que se torna urgente. As investigações do Gaeco e do Geac, braços de combate à corrupção do Ministério Público, revelam que funerárias fariam parte de uma suposta organização criminosa junto a agentes públicos e políticos para a atuação em cidades catarinenses (veja fotos abaixo).
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O município que está no alvo principal atualmente é Criciúma, onde o prefeito Clésio Salvaro foi preso no dia 3 de setembro. Entretanto, em Florianópolis foi onde o MP, através do promotor Wilson Mendonça, iniciou os trabalhos e detectou a suspeita de um cartel atuando na Capital. Resumidamente, as empresas atuariam em conluio com agentes públicos.
Ao mesmo tempo, formariam um cartel que praticaria preços abusivos para clientes que já precisam contratar o serviços em situação delicada, que é pela perda de um ente querido. Assim como o Estado já se viu diante da necessidade de rediscutir a relação dos municípios com a coleta de lixo, por conta da operação Mensageiro, estamos na fase de colocar a lupa na prestação de serviços funerários.
As informações iniciais são graves. A formação de um grupo criminoso para explorar o cidadão fragilizado pela morte de uma pessoa próxima escancara o que há de pior. E, mais do que isso, exige reações urgentes da sociedades e dos órgãos de fiscalização.
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Sabe-se que, pelo devido processo legal, ainda há processos a tramitar a investigações a serem concluídas, mas o indícios iniciais já pedem por uma posição de resposta a estas suspeitas graves de irregularidades em um serviço essencial.