Não haverá a abertura de novas turmas nos colégios militares em Santa Catarina no próximo ano. A corporação manteve a posição inicial e decidiu garantir apenas as rematrículas dos atuais alunos. Ou seja, os sextos anos do Ensino Fundamental e os primeiros anos do Ensino Médio não terão ingresso em 2019. Essa decisão veio depois de uma determinação judicial de que a PM deveria acabar com as cotas existentes para filhos de militares e de funcionários das unidades. O entendimento da corporação é que sem a reserva de vagas os colégios militares perdem sua finalidade.

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O Estado conseguiu aprovar em tempo recorde na Alesc o projeto de lei para regulamentar o Ensino Militar em Santa Catarina. O projeto chegou em 29 de novembro na Assembleia e foi aprovado 20 dias depois, em 19 de dezembro. A proposta estabelece metade das vagas totais para filhos de militares e a outra metade para a comunidade em geral. A distribuição dos espaços dependerá da PM. Ou seja, o tamanho da cota em cada colégio poderia variar. Atualmente, no interior do Estado a distribuição é de 60% para os familiares dos policiais e 40% para a comunidade, enquanto na Capital a divisão é 90/10.

Há unidades de ensino militar na Capital, Lages, Joinville e Blumenau. Nos três colégios do interior a cota é de 60% para os beneficiados e 40% para a comunidade em geral. Já em Florianópolis a divisão é de 90%/10%. Mesmo com a aprovação do projeto, não há possibilidade da abertura das novas turmas em 2019 por conta dos prazos. Com isso, a corporação garante que em 2020 abrirá mais turmas de sétimo ano e do segundo ano para atender os alunos que não conseguiram fazer os anos anteriores em colégio militar.