A decisão dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na escolha dos quatro nomes que compõem a lista para novas vagas para o órgão, na última semana, foi um duro recado para Santa Catarina. O presidente do TJ-SC, João Henrique Blasi, foi o único representante catarinense. Ele recebeu somente dois votos. Assim, ficou de fora da disputa e longe dos 17 votos necessários para integrar a lista. Uma das vagas abertas era ocupada pelo catarinense Jorge Mussi, que se aposentou no começo deste ano. Agora, portanto, Marco Aurélio Buzzi é o único catarinense no STJ.
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Blasi já tem data para se aposentar no TJ-SC; Novo Quinto da OAB já movimenta bastidores
O resultado, entretanto, está longe de ser responsabilidade direta de Blasi. A votação é um reflexo das perdas de SC nos bastidores de Brasília. Enquanto figura nas redes sociais com parlamentares “barulhentos”, o Estado perde nas relações institucionais. Não se trata especificamente um Poder ou outro. Com Lula, SC também tem boas pontes, o que é indiscutível.
Mas tudo passa por fatores como a melhora da imagem do Estado nos bastidores, atores que circulem bem nos bastidores dos Poderes e uma articulação conjunta de várias lideranças. Caso contrário, SC continuará perdendo espaços e conquistando pouco.
A coluna conversou com diferentes fontes em Brasília durante a semana sobre a perda de força do Estado. A preocupação é geral, sinal de que uma reação será necessária. Blasi era o melhor nome catarinense para uma briga no STJ, e mesmo assim SC não teve força para conseguir emplacá-lo.
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