A essência e a trajetória de Santa Catarina explicam. O que se vê nos últimos dias foi um abraço, um acolhimento que somente bons irmãos são capazes de fazer. As cidades, instituições, órgãos oficiais e as pessoas catarinenses dedicaram-se a ajudar o Rio Grande do Sul intensamente. Os números de materiais arrecadados em doação impressionam, são toneladas e toneladas que enchem caminhões com rumo a cidades gaúchas devastadas pela água. O abraço de SC no RS é uma demonstração de solidariedade sem precedentes, e também uma forma de reciprocidade aos momentos que os gaúchos abraçaram os catarinenses em momentos semelhantes.
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Este texto poderia fazer a referência a cada uma das centenas, talvez milhares, de ações coletivas e individuais feitas aqui no Estado (veja fotos abaixo). De ponta a ponta de SC, mesmo nas cidades mais distantes dos gaúchos, houve algum tipo de mobilização. Tudo começou com uma postura oficial do governo do Estado de enviar bombeiros militares para ajudar nos resgates, uma atitude à altura da necessidade do Estado vizinho e também da relevância do Corpo de Bombeiros Militar de SC, uma referência nestes casos.
Depois, veio uma sequência de iniciativas de arrecadação de doações. No mesmo ritmo que regiões catarinenses também perceberam o movimento no RS em episódios como 2008, no Vale do Itajaí. Há diversos municípios de SC enchendo caminhões com água, comida e roupas para ajudar os irmãos gaúchos no começo da reconstrução, um processo lento, mas que o básico se faz extremamente necessário para que tudo comece a acontecer.
É genuíno o que Santa Catarina vem fazendo e vai fazer nos próximos dias, seja com um simples ato de voluntariado ou com doação de comida, roupa ou dinheiro. Está na essência do catarinense, tão calejado com o clima, mas também tão generoso, pela trajetória do Estado. Sabe-se que, diante de tanto estrago, o apoio não será o suficiente para refazer o RS ou trazer vidas de volta, mas vai ajudar a colocar em pé os irmãos gaúchos para a reconstrução.
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