A novela da escolha do governador Carlos Moisés da Silva por um novo partido também tem seus ares de romantismo, assim como as famosas produções da televisão. O problema, neste caso, é que os ingredientes românticos podem atrapalhar o projeto de reeleição de Moisés. Sem querer desagradar partidos, o governador sonha com uma escolha partidária que possa agregar siglas na disputa de outubro.

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Por isso deixa vivo o sonho do Avante, um partido minúsculo em Santa Catarina que abriu suas portas para o projeto de reeleição. Moisés viu ali a possibilidade de agregar partidos maiores ao seu lado e consolidar o romântico projeto. A realidade política, contudo, é outra. O governador já foi avisado por mais de uma pessoa que este romantismo idealizado por ele não existe na prática.

O choque de realidade veio com o MDB sinalizando que não será vice do Avante. Os emedebistas querem Moisés dentro do próprio MDB. Isso colocaria o governador em lado oposto ao Progressistas, por exemplo, já que as duas siglas são rivais históricas em SC. Mesmo incomodado com o fato de se opor a alguém ou a um partido como o Progressistas, que hoje está praticamente dentro do governo, o governador já sabe que terá de ser menos romântico.

Caso opte por manter a utopia de agradar a tudo e a todos, o projeto de reeleição fica ameaçado pela fragilidade política diante da eventual falta de apoio que o sustente. Já escolhendo por um lado com rivais, Moisés tende a ganhar adeptos e ficar mais próximo do que realmente é uma disputa eleitoral.

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