Além da relevância evidente das rodovias federais, as estradas estaduais catarinenses ganham, cada vez mais, peso fundamental. Com a situação do Morro dos Cavalos, em Palhoça, nos últimos dias, as SCs tornaram-se alternativa. Entretanto, o deslocamento da mobilidade esbarrou naquilo que a população do interior do Estado convive diariamente. Boa parte das rodovias estaduais catarinenses vive em situação precária. São estradas vicinais, distantes do ideal para a infraestrutura do Estado.

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Interdição da BR-101 expõe fragilidade da logística em SC e revela urgência de obras

Isto dá ao governo de Santa Catarina uma responsabilidade ainda maior. Mais do que o programa Estrada Boa, o governador Jorginho Mello (PL) terá de repensar os planos iniciais sobre concessão. Ele prometeu na campanha que não concederia rodovias estaduais, e assim pretende seguir. Entretanto, Jorginho não pode fechar os olhos, por exemplo, para parcerias público-privadas que invistam em novas rodovias estaduais que sirvam de corredor paralelo às BRs.

Mesmo que se mantenha fiel ao que prometeu na campanha em relação às estradas já existentes, o governador pode e deve fazer planos de novas rotas com a previsão de concessões. Caso contrário, ficaremos ainda mais vulneráveis em infraestrutura.

As SCs são fundamentais para o desenvolvimento do Estado. Não será apenas com “tapa-buraco” que o governo resolverá o problema. As rodovias estaduais devem ser parte da estratégia do desenvolvimento logístico, com capacidade alta onde necessário e um mínimo de infraestrutura para que se suporte trânsito pesado em casos extremos, como o que ocorre no Morro dos Cavalos. O governo do Estado está com a missão nas mãos.

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