A rebelião na Penitenciária Sul, em Criciúma, no dia 14 de maio, ocorreu após o erro de um policial penal. Isso foi o que a secretaria de Administração Prisional (SAP) concluiu após 10 detentos renderem dois servidores e colocarem a cadeia em momentos de tensão. Mas, por pouco, o episódio não transformou-se num cenário ainda pior. Isso porque, os presos que se rebelaram abriram outras 10 celas e deixaram 100 detentos “livres” para o motim.

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Rebelião na penitenciária de Criciúma termina e reféns são libertados

Tudo começou quando dois policiais penais foram fazer um procedimento em uma das celas. Um deles, entretanto, errou e abriu a porta para o lado errado, o que deu a oportunidade de os presos o renderem. Na sequência, o outro servidor também foi colocado para dentro. Um dos agentes tinha uma arma, que foi apreendida pelos detentos e usada como forma de amedrontá-los.

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Ao mesmo tempo, os presos rebelados foram abrir as demais celas da galeria. No entanto, outros dois policiais penais em serviço conseguiram fechar a cela onde surgiu o motim. Na penitenciária Sul, há um sistema “aéreo” que permite a abertura e fechamento dos espaços sem o contato direto com o preso. Assim os dois policiais foram os responsáveis por bloquear a cela rebelada.

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Como resposta, os presos em motim deram tiros de bala de borracha que atingiram os servidores. Eles ficaram feridos e levados aos hospitais. Ambos ainda se recuperam das lesões sofridas. O ato dos dois foi considerado pela SAP como o responsável por evitar uma rebelião de grandes proporções porque evitar o contato dos rebelados com os demais 100 detentos que estavam “livres”. Nenhum desses que tiveram as celas abertas saiu de dentro dos seus espaços pela ação rápida dos policiais penais, segundo a secretaria.

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Destinos dos rebelados

Logo após a negociação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM-SC), com a rendição dos presos responsáveis pelo motim, os 10 foram levados para outras cadeias de Santa Catarina e estão isolados. Os locais não são divulgados pela SAP por questão de segurança, mas todos são considerados de alta periculosidade.

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Nos próximos dias, cinco deles serão transferidos para presídios de segurança máxima do governo federal. São cinco unidades no Brasil. Ao mesmo tempo, eles vão responder pelos crimes de motim, sequestro e roubo. As penas, somadas, podem variar entre 21 e 26 anos de prisão.

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