Pelo menos até março de 2020, o visual da ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, ainda não será o mesmo de antes do começo da obra de recuperação. As quatro bases provisórias colocadas sob o vão central serão retiradas nos próximos três meses. Elas não suportam mais o peso da ponte, mas contribuem para os serviços finais.
Continua depois da publicidade
Por isso é que as fotos atuais ainda vão ser diferentes daquelas feitas antes de 2013, quando começou a instalação dos materiais provisórios.
Aos que não lembram ou nem conheciam a Velha Senhora, as bases inferiores que hoje estão sob o vão central não fazem parte da sua estrutura original.
Tecnicamente, as peças não interferem no trânsito que será liberado nos próximos dias. Parte dessas estruturas já foi removida e está no canteiro de obras da empresa portuguesa Teixeira Duarte. Lá vão virar pontes metálicas que a Defesa Civil vai enviar para cidades atingidas por chuvas ou fenômenos climáticos. Pelo contrato, os portugueses têm até 20 de março para finalizar todos serviços relacionados à reforma da ponte, incluindo a retirada das peças provisórias.
Segundo José Abel da Silva, engenheiro da secretaria de Infraestrutura responsável pela fiscalização da reforma, até março as estruturas vão servir de apoio para serviços eventuais de reparos na pintura por conta do uso. Elas foram instaladas sob o mar entre 2013 e 2015. Mergulhadores fizeram o serviço inicial de implantação das peças embaixo da água.
As quatro bases foram fundamentais para a obra. Sobre elas foram montadas plataformas onde os operários circularam durante a reforma. Foi praticamente uma nova ponte sob a Hercílio Luz.
Continua depois da publicidade
A transferência de carga do vão central, que foi a elevação de 1,80 metro da estrutura para a retiradas de peças como as barras de olhal, também só foi possível com as bases. Os técnicos colocaram 54 macacos hidráulicos para elevar o vão. Foram noites de serviços para elevar, em 2017, e mais noite em 2019 para baixá-lo.