Rastreador em carro de vereador de Florianópolis pede resposta rápida

O rastreador encontrado no carro do vereador de Florianópolis, Vanderlei Farias (PDT), o Lela, na noite de quarta-feira, carece de uma investigação urgente da Polícia Civil. A resposta precisa ser rápida para esclarecer o que motivou a ação no veículo do parlamentar conhecido por ser combativo dentro da Câmara de Vereadores da Capital. O que queriam os interessados em seguir os passos do parlamentar? É a principal pergunta que precisa ser respondida.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) designou uma equipe do Instituto Geral de Perícias (IGP) para fazer a perícia ainda na manhã desta quinta-feira. Ainda na noite de quarta-feira o secretário-adjunto e diretor geral da SSP, coronel Flávio Graff, foi procurado por Lela. Para responder rapidamente ao caso, Graff pediu o trabalho dos peritos, que será feito durante todo o dia, em duas etapas.

O vereador disse que vinha recebendo ameaças. No Carnaval, segundo Lela, um homem disse que ele estaria "correndo demais" e que poderia se machucar. Naquele período, uma casa da família do parlamentar na Grande Florianópolis foi revirada, sem nada ser levado.

— Venho recebendo ameaças veladas desde dezembro. Essa do Carnaval foi mais contundente, me pegando de surpresa. Confio nas instituições, acredito nas forças de segurança para essa investigação.

Ainda abalado, Lela disse na manhã desta quinta-feira ao colunista que pedirá proteção policial para ele e a família. A SSP ainda avalia as próximas ações.

Opinião

A demora na elucidação do caso pode causar a sensação de impunidade, crucial para que novos fatos envolvendo políticos ocorram. Independente do posicionamento dos vereadores, todos foram eleitos nas urnas e devem ser respeitados. Atacá-los, seja de qualquer forma, é atingir a democracia.

Um episódio como esse é novo no cenário político local. A sensação de insegurança pode se espalhar entre os demais vereadores, o que é uma afronta ao trabalho do Legislativo. Por isso é que a investigação deve ser eficaz. A presidência da Câmara emitiu uma nota que dá o tom: "A democracia tem como base a atuação livre de seus parlamentares na defesa das causas e ideologias pelas quais foi eleito para representar a população. Qualquer tentativa de ameaçar, amedrontar ou restringir a atuação de um vereador é um ataque direto às fundações da Democracia no nosso País".