Há vários conflitos entre gestores municipais e estaduais desde o começo da pandemia em Santa Catarina. A maioria prejudicial, mas a briga para ver quem vacina mais no Estado é positiva. Desde que sejam obedecidos os critérios técnicos, pouco importa se vai ser em um dia, aos finais de semana ou em 24 horas. O fundamental é que a imunização contra a Covid-19 avance o mais rápido possível.
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Aos poucos observa-se a entrada no grupo dos 39 a 35 anos de idade na maioria das regiões catarinenses. Nas redes sociais, prefeitos assumem a liderança da divulgação do calendário e convocam os moradores dos municípios a ser vacinar. Por mais que muitos enxerguem as iniciativas como ações de “marketing”, o ato trata-se de uma ação benéfica para a vacinação. Não há nada de errado, ao meu ver, em estimular as pessoas a procurarem os pontos de imunização. O “retorno” político dos atos é consequência e faz parte.
Como condicionante, entretanto, as prefeituras precisam seguir os critérios técnicos decididos pelo Ministério da Saúde e também pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne o secretário de Estado e os secretários municipais para as decisões referentes à vacinação. isso é fundamental para não haver uma discrepância regionalizada na estratégia. O avanço de uma idade para outra, assim como o atendimento a grupos prioritários que ainda não receberam a primeira dose, é importante nos planos de imunização.
O que falta hoje é dose para que os municípios tenham sequência nas ações “em massa”. Neste momento de pandemia e da necessidade de agilidade na imunização para a volta à normalidade, tudo que for baseado nas regras previstas e conseguir atingir o maior número de pessoas vai agregar. Seja o “Vacinaço” de Florianópolis ou o “Dia D” aplicados em outras campanhas de vacinação, o resultado principal será mais pessoas com vacina no braço.
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Ao final da disputa de quem aplica mais doses em tempo menor, a vitória não será do prefeito X ou Y, mas sim do combate à pandemia. E é isso que importa.
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