Há uma unanimidade nos bastidores políticos de que a onda Bolsonaro não deve se repetir em Santa Catarina nas Eleições 2022. O que se viu em 2018, quando o 17 do PSL empurrou um desonhecido Carlos Moisés da Silva para o comando do Estado, além de três deputados federais para a bancada catarinense e seis deputados estaduais para a Alesc, é praticamente descartado. No entanto, cogita-se que outro nome possa puxar os votos em uma nova onda: Luciano Hang.
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O empresário deve se filiar ao PL, partido também escolhido por Bolsonaro, e que lançará o senador Jorginho Mello ao governo do Estado. O anúncia é esperado para a próxima sexta-feira, 18 de março, quando está marcada uma coletiva em que o empresário anunciará seu futuro político.
Hang deve ser candidato ao Senado. Ele chegou a se aproximar do Republicanos, mas fontes dizem que o próprio presidente da República fez uma intervenção para que o empresário escolhesse o PL. A preocupação de Bolsonaro é com uma possível queda no seu apoio em Santa Catarina. Hang já disse nos bastidores que não fará campanha para candidatos ao governo, mas será um cabo eleitoral forte em terras catarinenses para o projeto de reeleição do grupo bolsonarista no governo federal.
Com isso, a tendência é que ele seja um puxador de votos dentro do cenário eleitoral catarinense. Com o 22 nas costas, mesmo sem fazer campanha para o Executivo estadual, Hang levará consigo candidatos para outros cargos, conforme avaliam fontes nos bastidores. Por isso também é que alguns deputados estaduais e federais correram para o PL nos últimos dias.
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A confirmação da candidatura do empresa, que deve ocorrer em 22 de março, estabelece uma peça importante no cenário. Muitos políticos avaliam que a candidatura no Hang é significado de eleição certa para ele no Senado.
Ainda é minoria quem aposta numa derrota. Por isso é que somente depois da ficha assinada pelo empresário é que os desenhos de coligação e candidaturas serão finalizados. A candidatura dele deve mudar os planos de muitos que hoje pensam no Senado Federal, e empurrar estes pré-candidatos para outras cadeiras. O posto de vice nas chapas ao governo é um dos mais visados.
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