Desde dezembro, a operação Mensageiro, que foca no escândalo do lixo em Santa Catarina, já prendeu sete prefeitos, além de empresários e outros agentes públicos. O trabalho é desenvolvido pelo Ministério Público do Estado (MP-SC), através do Gaec e Geac, grupos especializados em combate à corrupção. No comando das investigações, está o subprocurador-geral para Assuntos Jurídicos do órgão, Fábio de Souza Trajano. Foi ele quem assinou os requerimentos iniciais feitos ao Judiciário e deu início aos primeiros passos da Mensageiro.
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Quem é a desembargadora que autorizou a megaoperação contra o escândalo do lixo em SC
Normalmente, operações do MP-SC ficam sob responsabilidade de promotores, os responsáveis pelos casos de primeira instância. No entanto, este caso envolve prefeitos, que juridicamente têm direito ao foro privilegiado no TJ-SC. Assim, cabe a um procurador os cuidados por parte da promotoria.
Além de ter atuado em outras ações ao longo da carreira, Trajano também comandou os desdobramentos da operação Fundo do Poço. Naquele caso, o ex-deputado estadual Romildo Titon (MDB) foi um dos alvos.
Trajano é procurador do Estado desde 2010. Até então, ele era promotor de Justiça na Capital, mas passou pelas unidades de Itajaí, São Somingos, Trombudo Central, São Francisco do Sul e Joinville desde que entrou no MP-SC, em 1990.
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MP-SC esclarece
Em nota, o MP-SC destacou que a segunda e terceira fases da Operação Mensageiro estão sendo conduzidas pelo próprio Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva Comin, e os integrantes do GAECO e do grupo anticorrupção (GEAC), em razão das férias do subprocurador-geral de justiça para assuntos jurídicos, Fábio de Souza Trajano, que atua por delegação do Procodurador-geral de Justiça nos casos que envolvem agentes com foro por prerrogativa de função.
Assim, na prática, Trajano deu o pontapé das investigações. Diante das férias dele, o chefe do MP-SC assumiu a incumbência dos pedidos autorizados pelo Judiciário.
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