A operação Mensageiro caiu como uma bomba no mundo político de Santa Catarina. Desde dezembro, já são sete prefeitos presos numa investigação focada no escândalo do lixo no Estado. Agentes públicos são suspeitos de receber propina em contratos de operação de coleta de lixo. Como o processo segue sob sigilo, ainda não é possível dizer se todos os prefeitos presos receberam dinheiro ilícito e qual é o envolvimento deles. No entanto, há algo que já está concretizado: o ponto central da investigação é a empresa Serrana Engenharia, de Joinville.

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Desembargadora adota ritmo intenso em processo do escândalo do lixo em SC

Segundo apurado pela coluna, o MP-SC identificou que um empresário designado pela Serrana seria o “mensageiro” da propina. Por conta da forma com que ele era conhecido é que os promotores escolheram o nome da operação. Seria ele o responsável por pagar as facilitações para fraudes em licitações.

O “mensageiro” não atuava mais na empresa, mas seria quem fazia as entregas de dinheiro para os agentes públicos. Foi através dele que o MP-SC conseguiu flagrar movimentações envolvendo supostas entrega de recursos. Durante um ano e meio, a promotoria acompanhou os passos do empresário.

A Serrana Engenharia, pela descrição no próprio site, é comandada por um grupo que envolve cinco operações diferentes. O começo das atividades foi em 1991, em Lages, na Serra Catarinense. Depois, em 1998, a empresa se mudou para Joinville, no Norte do Estado, onde está sediada até hoje.

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Entre os serviços prestados pela Serrana estão água e esgoto, engenharia ambiental e engenharia elétrica. Segundo apurado pela coluna, pessoas ligadas à empresa, além do “mensageiro”, são investigadas.

O que diz a Serrana Engenharia

O advogado da Serrana Engenharia, Dante D’Aquino, explica que: “Os processos correm em segredo de justiça e, por esse motivo, não podemos nos manifestar a respeito do seu conteúdo”.

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