O Social Good Brasil (SGB), organização social que desenvolve metodologias para o uso de dados e novas tecnologias, montou um projeto sobre o coronavírus para Santa Catarina. O trabalho gerou sete produtos diferentes em parceria com o governo do Estado e outros órgãos como o Ministério Público (MP-SC) e o Tribunal de Justiça (TJ-SC). Entre os resultados estão a melhora na transparência dos dados, um mapa do cenário de casos em SC e uma sala de situação digital para apoio aos 295 municípios.
Continua depois da publicidade
Suposto efeito da ivermectina contra Covid-19 provoca corrida às farmácias de Blumenau
A relação entre o SGB e o Estado começou antes mesmo da pandemia, com a proposta de solução de problemas sociais. O surgimento do coronavírus acelerou o processo com a criação de um grupo de trabalho. A partir disso, outros órgãos e também empresas passaram a fazer parte do processo. Inicialmente, a mobilização gerou um banco de dados sobre a doença.
O modelo de informações da Coréia do Sul foi usado pela presidente do SGB, Fernanda Bornhausen, para a criação da ferramenta catarinense. Antes do banco de dados automatizado, a secretaria de Estado de Saúde tinha os detalhes dos casos da doença em planilhas, segundo ela. O trabalho de execução técnica ficou com o Ciasc.
A evolução do projeto fez com que fossem geradas, entre outros produtos, informações sobre leitos de UTI e uma sala de situação digital para os 295 municípios dentro do ambiente virtual do MP-SC. Nos próximos dias o SGB pretende entregar um espaço online para que os catarinenses possam buscar dados sobre a doença.
Continua depois da publicidade
– Temos a intenção de traduzir para a população a importância dos dados para a resolução de problemas sociais – explicou Fernanda.
Além do envolvimento do poder público, empresas ajudaram na construção do projeto. A Medsuite, por exemplo, doado o software para o monitoramento de leite. O banco de dados completo foi construído pelo Ciasc, com o desenho do SGB.
Entidade defende tratamento precoce
O lançamento de uma sala digital com informações sobre coronavírus trará também informações sobre o tratamento precoce da doença. A ideia, segundo ao SGB, é fazer com que a sociedade tenha informações e dados para a tomada da decisão: “entendemos que cada cidadão, principalmente os mais vulneráveis que dependem do SUS, tem o direito de ter as informações corretas sobre esta alternativa de tratamento que não está amplamente disponível e que depende de uma escolha e uma decisão individual”.
O relatório sobre tratamento precoce feito pela organização traz informações sobre os remédios que podem ser usados, além de exemplos de cidades onde as prefeituras aplicam os medicamentos. Dentre os remédios usados e citados no relatório estão ivermectina e cloroquina. Apesar de recomendação de parte dos médicos, os medicamentos ainda são polêmico por conta da falta de comprovação científica de seus efeitos contra o coronavírus.
Continua depois da publicidade
Leia também:
> Moisés diz a Bolsonaro que tomou cloroquina no tratamento da Covid-19