Alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (9), o ex-chefe diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques tinha pretensões políticas em Santa Catarina. Desde que se aposentou da corporação, no começo de 2023, ele ensaiava uma disputa a prefeito nas eleições municipais de 2024. A ideia dele era ser candidato em São José, na Grande Florianópolis, onde ele já foi secretário municipal e tinha residência. A informação da prisão foi trazida pela jornalista Camilla Bonfim, da Globo News.
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Ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques é preso em Florianópolis
No final de julho, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve no Estado, Silvinei acompanhou a agenda. Ali, o ex-chefe da PRF já teria manifestado o interesse na eleição de 2024. A intenção dele era disputar pelo PL, partido de Bolsonaro. No entanto, o partido já desenhava outros rumos em São José, com a proposta de lançar a ex-prefeita Adeliana Dal Pont ao cargo. As discussões estavam em andamento, e agora são interrompidas pelo fato novo que é a prisão de Vasques.
No começo do governo Jorginho Mello (PL), o nome dele também foi cotado para ser secretário de Segurança Pública, como contou a colega Dagmara Spautz. A possibilidade, porém, foi descartada pelo governador, que confirmou Paulo Cezar Ramos de Oliveira para a função.
Apesar de ser paranaense de Ivaiporã, foi em terras catarinenses que Vasques se formou. Ele é graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pela Univali. Entrou na PRF em 1995. Lotado em SC, passou por diferentes unidades até chegar à cadeira de superintendente. Ele ficou neste cargo entre 2011 e 2016.
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Depois, assumiu cargos em Brasília. Em abril de 2021, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foi nomeado diretor-geral. Além da trajetória dentro da PRF, Vasques ocupou cargos políticos em SC. Ele foi secretário municipal de duas pastas diferentes em São José, na Grande Florianópolis, entre 2007 e 2008.
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