ATUALIZAÇÃO: em 1º de abril de 2020, Josué Costa e os outros dois investigados foram absolvidos dos crimes pela 3ª Vara Criminal de Viamão. Leia sobre a absolvição aqui.

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As Polícias Civis de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul procuram por Josué Costa, presidente da Embaixada Copa Lord, escola de samba de Florianópolis. Ele é acusado de extorsão mediante sequestro por um crime iniciado na Capital e concluído em Viamão, na região Metropolitana de Porto Alegre. Na quinta-feira (9), os policiais civis foram até a casa dele, no Morro da Caixa, no Centro da Capital catarinense, para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão, mas não o encontraram. Por isso, ele é considerado foragido.

O presidente da escola é apontado pela investigação da Polícia Civil gaúcha como o mandante do crime ocorrido no começo de abril deste ano. Segundo os policiais, a principal vítima, de 57 anos, tinha dívidas com Josué. Por isso, três homens sequestraram o devedor e, além de o agredir, mantiveram mais três pessoas da mesma família em cárcere privado. Uma delas, de 61 anos, foi obrigada a pagar o valor de R$ 250 mil para que os familiares fossem liberados.

Em 3 de abril, a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) do RS invadiu o local onde as vítimas eram mantidas como reféns. Três pessoas foram presas, entre elas o filho e o genro de Josué. Com o avanço das apurações, os agentes cumpriram mandados em Florianópolis nesta quinta-feira através da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina.

Contraponto

Marcos Paulo Silva dos Santos e Marcelo Gonzaga são os advogados de Josué Costa. Ambos preparam uma defesa que será entregue nos próximos dias ao juiz responsável pelo caso em Viamão, que determinou a prisão e a busca e apreensão. Segundo Marcos Paulo, o presidente da escola de samba desconhece oficialmente a intimação, mas sabe que a polícia esteve na casa dele na quinta-feira.

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O advogado diz que a intenção é "esclarecer os fatos". Para Marcos Paulo, o juiz precisa ouvir "os dois lados da história e não tomar nenhuma atitude precipitada". O defensor alega não ter acesso a nenhum dos fatos atribuído a Josué.

Já o advogado Marcelo Gonzaga alega que a defesa pedirá a revogação da prisão preventiva: "Ressaltamos que em nenhum momento Josué foi ouvido no curso das investigações para que pudesse apresentar a versão dos fatos, mesmo que tivesse a época se prontificado para tal".

Copa Lord

Em nota divulgada neste sábado, a Copa Lord reforça que as investigações envolvendo Josué "são uma responsabilidade dele como pessoa física e absolutamente não tem qualquer tipo de ligação ou envolvimento com a agremiação". Segundo a escola, durante a sua gestão não houve nada que o desabonasse enquanto presidente. Enquanto isso, afirma o texto, a agremiação está sob os cuidados da diretoria executiva, que em breve fará uma reunião para definir os próximos passos dentro da escola.