O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), Julio Garcia (PSD), vai prestar depoimento na Polícia Federal (PF), como parte da operação Alcatraz. Em 30 de maio ele foi um dos alvos da ação, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao parlamentar. O pedido do depoimento foi feito pelo delegado responsável pela Alcatraz, Igor Gervini, em despacho de 5 de setembro. O prazo para o cumprimento é de 15 dias.
Continua depois da publicidade
No documento, o delegado descreve indícios contra o deputado e um grupo de pessoas próximas a ele. Garcia é suspeito de ser sócio oculto de uma das empresas de tecnologia investigadas por uma possível fraude em contratos com a Secretaria de Administração do Estado. Além disso, segundo a PF, ele seria beneficiário do esquema.
Ao colunista, o presidente da Alesc confirmou que prestará depoimento à PF. Ele diz que pretende falar e fazer sua defesa:
– No dia em que eu dei a entrevista e fiz meu pronunciamento na Alesc (alguns dias após a operação), eu era apontado como o centro de toda a operação. Agora, se você ler com atenção (o despacho), restou apenas uma denúncia que será muito fácil me defender. Não há como provar que sou sócio oculto de alguma empresa. E não há como negar que sou amigo do dono da empresa. Tenho uma relação de amizade e familiar. Estou muito tranquilo em relação ao processo, evidentemente que não gostaria de responder (o processo), mas tenho certeza da minha inocência lá na frente, na Justiça.
O deputado afirma que a data do depoimento ainda não foi marcada. Já a PF diz que não comenta investigações em andamento e que somente se pronuncia após a conclusão dos relatórios.
Continua depois da publicidade