Preso na primeira fase da operação Mensageiro, em dezembro de 2022, um prefeito catarinense teve a pena de prisão aumentada na investigação do escândalo do lixo. Nesta sexta-feira, o juiz Renato Muller Bratti, responsável pela Vara Criminal de Laguna, elevou o quantitativo aplicado na sentença do dia 3 de setembro para Deyvisson Souza, agora ex-prefeito de Pescaria Brava. Ele renunciou ao cargo em 2023. Inicialmente, o magistrado havia condenado Souza a 64 anos de prisão. Agora, a pena subiu para 85 anos de detenção.
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Outras sete pessoas também foram condenadas dentro do mesmo processo, sendo que mais duas também tiveram as penas aumentadas no mesmo despacho desta sexta-feira. A Mensageiro investiga o escândalo do lixo em diversas cidades de SC e a relação das prefeituras com a empresa Serrana Engenharia.
O juiz detalha no despacho: “Com o ato corruptível do acusado ocasionou, sua segregação trouxe descrédito à credibilidade de política para a população, além de resultar na descontinuidade, ainda que momentânea, na gestão administrativa do município. Não fosse isto, devido ao acusado favorecer o grupo empresarial, diversos outros empreendedores deixaram de vencer certames públicos, os quais poderiam gerar empregos e resultar em benefício econômico ao município, com valores contratuais inferiores aos praticados pelo Grupo Serrana”.
A mudança no entendimento do juiz veio após um recurso do Ministério Público. A promotoria entrou com Embargos de Declaração para discutir, entre outros pontos, a dosimetria aplicada pelo magistrado, que reconheceu, em partes, os pontos alegados. A defesa de Deyvisson ainda pode recorrer da decisão e entra com uma apelação.
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