O aumento do preço do leite está visível nos supermercados de Santa Catarina. Nas últimas semanas, a escalada dos valores chamou a atenção do consumidor, ao mesmo tempo que mexeu com o ambiente político e econômico do Estado. Isto porque um dos fatores para a subida de preços foi a mudança na alíquota do ICMS sobre o produto aprovada na Alesc em 2021 e sancionada pelo governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) em 2022. No entanto, o aumento do leite não se deve somente a esta alteração tributária.
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É o que alegam as indústrias de Santa Catarina. Em nota divulgada nesta quarta-feira (20), o Sindicato das Indústrias de Laticinios do Estado de Santa Catarina (Sindileite) credita o acréscimo do valor nos supermercados a uma série de fatores, incluindo a questão do ICMS, que fez o preço subir R$ 0,25 por litro.
Além disso, o setor destaca que a cadeia do leite foi castigada por duas secas severas nos últimos anos “que provocaram efeitos indesejáveis para a produção, inviabilizando muitas propriedades leiteiras em SC e em outros estados da região Sul”. Ao mesmo tempo, os custos de produção no campo e na indústria subiram demais em função da seca, dos efeitos da pandemia e seguindo o processo inflacionário brasileiro e mundial, comprometendo a produção e também gerando prejuízos para todo o setor.
A oferta de leite do campo também caiu, conforme o Sindileite, assim como o preço da matéria-prima subiu. Dados do IBGE mostram que a produção caiu 2% no Brasil em 2021, o que diminuiu a disponibilidade per capita: “Vale ressaltar que estamos vivendo a entressafra no Sul do Brasil, e também redução de volume ofertado no Sudeste e Centro Oeste, regiões que mais produzem leite no país”, afirma a nota do sindicato.
Para finalizar, a entidade diz que “quando existe um desequilíbrio entre oferta e demanda os preços sobem, isso é a lei de mercado, tanto é verdade que os preços do leite subiram no Brasil todo, e não só em SC; Quando há desequilíbrio na produção por qualquer motivo, seja ele de origem climática, de custos ou por desequilíbrio tributário, a produção cai, e os preços no mercado tendem a ser maiores”.
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