Mais do que estar em um ato político de apoio ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, a ida de catarinenses ao evento na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo, foi um movimento de sobrevivência. A base deles, que é Santa Catarina, viu o fenômeno da onda bolsonarista se repetir por duas eleições. Assim sendo, todo político de direita preocupado em se manter vive eleitoralmente falando tenta se vincular ao ex-presidente.
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É por isto que muito “bolsonarista de ocasião” foi a São Paulo. Teve de tudo um pouco: gente com camisa verde e amarela, gente com bandeira, selfie no meio da multidão, viagem longa de carro, etc. Tudo para se mostrar bolsonarista. Quem é político catarinense sabe que se estes sinais não foram dados, a urna pune.
A ida dos catarinenses, na esmagadora maioria, não foi sinal de apoio ao ex-presidente. Foi sinal para a massa da rede social. Como está ainda mais evidente, pouco importa o que se pensa nos bastidores sobre Jair Bolsonaro. O importante, para o eleitor de rede social, é que fica postado nos vídeos e fotos.
Para tais fins, os políticos de SC cumpriram a cartilha. Foram lá, beijaram a bandeira, acenaram para Bolsonaro e postaram tudo com sorrisos. O pré-requisito para se manter vivo no Estado que deu 70% em duas eleições seguidas para o candidato ao governador da onda e ainda elegeu um recorde de parlamentares está cumprido.
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Obviamente que algumas pessoas devem estar pensando: “mas e não teve gente que foi lá porque realmente apoio Bolsonaro e está preocupada com ele?”. Em parte, porque mesmos os “preocupados” com o ex-presidente sabem que precisam fazer movimentos como este para também se manterem “vivos”.