Mais três pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) dentro da operação Alcatraz, feita em 30 de maio deste ano em Santa Catarina. Os nomes dos investigados não foram divulgados, mas um deles está entre as oito pessoas que continuam presas. O relatório da PF foi encaminhado nesta quarta-feira à 1ª Vara da Justiça Federal de Florianópolis. A Alcatraz investiga fraudes a licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia firmados com órgãos do Executivo estadual.

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Em junho a PF encaminhou três relatórios para a Justiça Federal. Desta vez, segundo o órgão, a conclusão dos trabalhos aponta um conluio empresarial, sem a participação de agentes públicos, para fraudar dois lotes de um processo licitatório realizado pela Justiça Federal do Paraná em 2017, cujo objeto era aquisição de unidades de armazenamento de dados.

Segundo a PF, a investigação mostrou que a ata de registro de preço fraudada por ajustes de lances entre empresários (um deles inclusive preso preventivamente na operação) serviu de referência para aquisição direta de equipamentos por parte de diversos órgãos públicos, entre eles, as Justiças Federais do Paraná e Santa Catarina, os Tribunais do Trabalho da 1ª (RJ), 3ª (MG), 9ª (PR), 12ª (SC) e 20ª regiões, os Tribunais de Justiça da Bahia, Paraíba e Ceará, além da Eletrosul Centrais Elétricas S.A.

Com o novo relatório, a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) deve se manifestar sobre o oferecimento ou não da denúncia.

A PF também pediu a extensão do prazo para a conclusão das investigações em relação a outros fatos em apuração.

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