Mais nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) dentro da operação Alcatraz, em Santa Catarina. O relatório mais recente foi concluído nesta quarta-feira e encaminhado à Justiça Federal de Florianópolis, responsável por analisar as ações envolvendo o trabalho da PF deflagrado em 30 de maio do ano passado contra fraudes a licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos de prestação de serviços de mão de obra terceirizada e do ramo de tecnologia firmados com órgãos do governo do Estado.
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Os nove indiciamentos desta quarta, o foco está na contratação da empresa para prestação do serviço de telefonia IP (voip) para os órgãos estaduais. A licitação foi feita pela secretaria de Estado da Administração. De acordo com a PF, o relatório do indiciamento “detalha evidências de conluio criminoso entre empresários e agentes públicos que teriam atuado para fraudar o originário processo licitatório” com fatos ocorridos entre 2009 e 2016.
O inquérito aponta a contratação superfaturada da empresa com uma margem de pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e políticos de, pelo menos, R$ 2,4 milhões. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos. O dano total aos cofres públicos, conforme o relatório, é de aproximadamente R$ 30 milhões.
O próximo passo é a avaliação do Ministério Público Federal (MPF), que decide pelo oferecimento ou não de denúncia contra os indiciados. Os crimes apontados foram fraude à licitação, corrupção (ativa e passiva) e organização criminosa.
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