As pesquisas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ganharam notoriedade no período de pandemia e evidenciaram a qualidade do que é produzido por professores e alunos. Independentemente do discurso ideológico que volta e meia atinge a instituição, na prática os resultados de estudos sobre a Covid-19 vêm contribuindo para a análise de uma doença até então pouco conhecida. Desde março de 2020 a UFSC enfrenta críticas pelas decisões de suspensão das aulas presenciais, que devem voltar somente no meio do ano. Nesta postagem, porém, vou me ater à produção científica.
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O mais recente estudo apontou que a vacina da tríplice viral tem eficácia para reduzir os efeitos da Covid-19. São, ao todo, 46 pesquisas relacionadas ao coronavírus desenvolvidas pela UFSC desde março de 2020. Além de questões de saúde, houve também estudos relacionados à economia e os impacto da pandemia nas famílias catarinenses.
Ainda em julho de 2020, um estudo com participação de alunos e professores da UFSC chamou a atenção no país. Partículas do novo coronavírus foram encontradas em duas amostras de esgoto de Florianópolis colhidas em 27 de novembro de 2019, dois meses antes do primeiro caso clínico ser relatado no Brasil. Esta foi a primeira presença confirmada do vírus nas Américas, apontou a universidade.
Em janeiro deste ano, os pesquisadores divulgaram um trabalho feito pela universidade que busca sequenciar o genoma do coronavírus que circula nas diferentes regiões do Estado. A intenção da pesquisa é avaliar a dispersão e as mutações do vírus no território catarinense e, com essas informações, ajudar a traçar estratégias de saúde para conter o avanço da pandemia.
Além disso, foram feitos análises sobre a curva de casos em Santa Catarina. E, para finalizar, pesquisadores colocaram à disposição de prefeitos ultrafreezers como capacidade de armazenamento de vacinas contra a Covid-19.
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Acima de qualquer discurso ideológico, os trabalhos científicos da UFSC mostram o quanto se produz no ambiente acadêmico. A discussão sobre a volta do ensino, com muitas críticas às decisões da reitoria de postergar o retorno das aulas, acabam superando aquilo que se produz em estudos. Mas, pelos resultados das pesquisas há de destacar aquilo que tende a gerar efeito para o combate à pandemia.