Há muita expectativa nos bastidores em torno do julgamento do caso do senador Jorge Seif no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC). O PSD pede a cassação da chapa do candidato eleito no Estado pelo PL em 2022. Especula-se que o processo possa ser pautado para o final de setembro, já que está concluso. A defesa de Seif tentará mostrar as diferenças entre o caso dele e o de Ari Vequi, prefeito cassado de Brusque, que tem situação semelhante a de Seif na denúncia feita ao Tribunal.

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Nos bastidores, tanto em Santa Catarina como em Brasília, as teses são diversas. Quem estudou os dois casos, tanto de Seif quanto de Vequi, entende que há diferenças. Nos dois, apura-se a relação do empresário Luciano Hang com as campanhas. Em relação ao ex-prefeito de Brusque, o TRE negou a cassação, mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por cassar a chapa e determina nova eleição direta, que ocorre neste domingo (3). Em SC, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se posicionou contra a cassação do senador.

Algumas das fontes ouvidas pela coluna entendem que o caso de Seif é mais complexo que o de Vequi, o que tornaria a situação do senador mais delicada ainda no TRE. No entanto, pessoas próximas a Seif estão otimistas e enxergam diferenças que podem livrá-lo da cassação. O que é unânime entre as fontes ouvidas é a diferença de cenários em Florianópolis e Brasília.

No Tribunal catarinense, caso a defesa de Seif consiga demonstrar a ausência do poder financeiro do empresário na campanha dele, exista a possibilidade de que o senador saia com uma vitória. Em Brasília, por outro lado, é quadro mais complexo.

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Fala-se nos bastidores que a cassação de Vequi no TSE foi um sinal do que virá pela frente no caso de Seif. Pessoas próximas ao senador esperam que o caso chegue a Brasília somente depois de abril de 2024, que é quando o ministro do STF Alexandre de Moraes deixa o órgão. Moraes é temido pelos bolsonaristas diante dos posicionamentos mais recentes dele.

Quem assumiria?

Outra discussão bastante corrente nos bastidores é sobre quem assumiria a cadeira de Seif em caso de cassação. A maioria dos especialistas entende que haveria nova eleição para o Senado em Santa Catarina. No caso desta hipótese, a tendência é que um nome bolsonarista ganhe força. A candidata natural seria Carol de Toni (PL).

No entendo, há uma pequena corrente que defende que Raimundo Colombo (PSD) poderia assumir a vaga. Ele foi o segundo colocado nas eleições passadas, e assim ficaria com o espaço. A definição sobre este ponto dependeria de um posicionamento do TSE.

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