A semana teve defesas explícitas do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, ao seu projeto do passaporte da vacina contra a Covid-19 na Capital. Ele se posicionou nas redes sociais sobre os protestos e até respondeu a alguns questionamentos mais efusivos. É natural e até esperado que um gestor mantenha a convicção. Inclusive se espera que ele defenda as ideias e projetos aplicados. No caso do passaporte, contudo, o orgulho e ostentatação deveriam ser compartilhados pelos moradores de Florianópolis. Seria mais ou menos assim: “Lá na minha cidade a gente prioriza a vida”.
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A ferramenta nada mais é do que uma balizadora da vida. Ou seja: se a pessoa se vacinou e se preveniu da doença que matou mais de 1 mil pessoas na Capital, ao mesmo tempo ela está preocupada com os demais. E é isso tipo de cidadão que as cidades precisam circulando, não os que defendem uma “liberdade” baseada em não se vacinar e, ao mesmo tempo, colocar um sistema de saúde em risco.
O orgulho sobre o passaporte passa também por uma condição que é muito propagada e comemorada por quem viaja as outros países. Basta você conversar com amigos viajados para perceber o impacto positivo deles com as regras estrangeiras.
Muita gente se impressiona com a rigidez na cobrança pelas vacinas para trocar de país ou até com as condições exigidas pelos europeus, por exemplo. Mas quando se depara com algo semelhante no Brasil a pessoa já muda de ideia e coloca em xeque o que fora daqui seria comemorado.
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Florianópolis tem a oportunidade de se autointitular uma cidade segura e que prioriza a vida. Há é algo mais atrativo do que isso? Me parece que não, e se o interesse é atrair mais gente para o verão, o caminho passa pelo passaporte da vacina.
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