Governar nos tempos atuais tornou-se sinônimo de resposta às ideologias. Deixa-se de lado o técnico, o científico, o embasado. O que importa é estar alinhado ao que pensam determinados grupos, partidos e “líderes”. Santa Catarina, por exemplo, vivencia episódios recentes que dão demonstrações claras deste cenário.
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Basta ver as repercussões do termo identidade de gênero no currículo-base, as recentes declarações de governador Carlos Moisés consideradas de “esquerda” ou até o evento da PM para se aproximar de movimentos sociais. Com todas perdeu-se tempo na discussão sobre as ideologias, mas não com o mérito. Por que é ruim policiais militares discutirem questões sociais com grupos que representam as minorias? Errado é ver conflitos nas ruas que poderiam ser evitados com diálogo.
Enquanto se concentra em analisar os temas pela ideologia, o catarinense perde tempo com situações urgentes. Por que não olhar para as necessidades reais da educação ao invés de polemizar sobre um currículo estudado há anos por especialistas? Ainda há tempo de reverter o cenário, mas as posições ideológicas precisam ficar de lado para o bem do Estado.
Obviamente que o eleitor espera por posturas próximas ao seu entendimento, já que justamente por isso votou nesse ou naquele governante. Mesmo assim, a caneta na mão exige mais do que responder ao seu núcleo político. Exige também pensar em quem está fora desse eixo. E é justamente isso que apoiadores do eleito precisam entender. Governar precisa ser sinônimo de atender a todos da melhor forma acima de qualquer ideologia.
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