Um impeachment atrás do outro, indefinição sobre o comando do governo catarinense, decisões importantes a serem tomadas. Santa Catarina vive um dos momentos mais delicados de sua história do ponto de vista político e administrativo. Em meio a uma pandemia com a necessidade da retomada gradual, o Estado antes terá de resolver pendências que atingem o dia a dia do catarinense. Justamente por isso que reforço: a população não pode ficar inerte ao atual momento político, as mudanças impactam a todos.

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Composição do tribunal do impeachment coloca futuro de Moisés nas mãos dos desembargadores

Com os atuais prazos do processo de impeachment, até o final de outubro se definirá sobre o afastamento ou não do governador Carlos Moisés da Silva e da vice, Daniela Reinehr. Caso ele seja afastado, assume o presidente da Alesc, Julio Garcia, num governo interino até a definição final do Tribunal Misto, com prazo de 180 dias. Há também a possibilidade de somente a vice se salvar do impeachment e também de que Moisés não seja afastado. Apenas nesta etapa do julgamento já se abrem diferentes cenários sobre o futuro de SC.

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Digo futuro porque depende de quem for governar o que será do Estado. Um exemplo: a volta às aulas nas escolas catarinenses está marcada para 13 de outubro. Um afastamento do atual governo provocaria a provável mudança do comando da secretaria de Educação durante a retomada. Além disso, ainda há a gestão da pandemia, que pode variar conforme o gestor da Saúde.

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Na segurança pública, o atual governo anunciou durante a semana a contratação de 707 policiais civis e militares para dezembro, com formação de 672 deles a partir de janeiro. Como a efetivação depende da homologação dos concursados, somente no final do é que a chamada pode ser confirmada. Mas, até lá, podemos ter troca de governo e secretário da Fazenda, o que faria as contratações serem reavaliadas.

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Uma retomada plena, sem possibilidade de interrupções, ainda não pode ser vislumbrada, porque mesmo que derrube o atual processo, Moisés ainda tem outro para se preocupar. Enquanto isso, os impactos ficam para a rotina do catarinense.