Os duros sinais para os derrotados em Joinville e Blumenau

O resultado do 29 de novembro de 2020 nas Eleições 2020 impõe uma análise sobre dois nomes políticos de peso em Santa Catarina. Derrotados em Joinville e Blumenau, Darci de Matos (PSD) e João Paulo Kleinübing (DEM), respectivamente, receberam duros sinais das urnas, cada com qual com peculiaridade. Darci perdeu para um outsider, enquanto Kleinübing viu seu ex-secretário de Assistência Social desbancá-lo no segundo turno. Uma derrota por si só traz lições, mas o histórico eleitoral de ambos, neste caso, ajuda a potencializá-las.

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Evidentemente, há de se fazer uma leitura que envolva os vencedoras das duas disputas. Mas os derrotados na primeira e na terceira maior cidade de Santa Catarina têm pela frente uma missão de reconstrução de suas estratégias políticas. No caso de Kleinübing a tarefa será mais árdua. Há dois anos, nas Eleições 2018, ele também foi derrotado quando concorria como vice de Gelson Merisio (PSDB) ao governo do Estado. JPK, como é conhecido o ex-prefeito de Blumenau, desta vez sofreu um derrota contundente, suficiente para certamente colocar seu futuro político em avaliação.

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Nem mesmo as duas gestões à frente da prefeitura foram suficientes para empurrá-lo à vitória. Viu Mario Hildebrandt (Podemos) controlar uma eleição do início ao final, sem sobressaltos. O último cargo político de JPK foi na Câmara dos Deputados, entre 2015 e 2018. Desde lá, as perdas foram maiores do que os ganhos. Um sinal de desgaste para um nome tradicional na política catarinense.

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Em Joinville, Darci teve a terceira derrota na disputa à prefeitura da maior cidade do Estado, mais um baque nas suas pretensões. Desta vez, seu algoz foi o empresário Adriano Silva (NOVO), novato na política. O pessedista carregou nas costas o peso da tradição eleitoral, enquanto Adriano trouxe o discurso da renovação e de um partido em crescimento no Estado.

Diferentemente de JPK, Darci tem a seu favor um mandato de deputado federal em andamento. Mesmo assim, terá de analisar friamente futuras decisões políticas, incluindo uma nova eleição em Joinville. Os duros sinais deste domingo (29), que se somam às derrotas anteriores, precisam entrar no cálculo do futuro de um parlamentar com peso na região Norte do Estado, mas com dificuldade em vencer uma eleição municipal que potencializaria sua trajetória.

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Tanto para Darci quando para JPK o 29 de novembro é a porta para uma reavaliação do futuro. Enquanto os vencedores se dedicam a pensar nas duas cidades e suas missões como prefeitos, os derrotados terão que se ocupar com seus destinos políticos.