Passado o Carnaval e a alta temporada em Florianópolis, dois pontos carecem de resolução rápida, principalmente quando se pensa em turismo: mobilidade urbana e a poluição no mar. É inevitável a reação da prefeitura para resolver os problemas enfrentados pelos moradores e por turistas no verão, principalmente quando se trata de trânsito.

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Mais uma vez, foram filas enormes para as praias, acentuadas na região Sul da Ilha. Mas, claro, o Norte também teve congestionamentos enormes. Dificuldades vivenciadas diariamente por quem reside na cidade. A grande dificuldade neste caso é a colcha de retalhos do trânsito na Capital, dividida entre o município, o Estado e o governo federal. É urgente uma mobilização para enfrentar o atual caos.

Ao mesmo tempo, carecem de solução os problemas de saneamento. As imagens da água suja caindo no mar em praias como nos Ingleses estragam, literalmente, a imagem da Capital. Para uma cidade que tem forte base no turismo, ver o esgoto invadindo a água das praias é extremamente prejudicial. Investir nessa área torna-se ainda mais prioritário sob o risco de impacto na vinda de visitantes. O projeto Floripa Se Liga na Rede e suas ações de fiscalização são um sinal importante.

O município acertou na melhoria da infraestrutura das praias. Foram mais banheiros e chuveiros espalhados em diferentes pontos. Além da regularização dos vendedores ambulantes, medida acertada para combater a ilegalidade.

A mesma atenção, entretanto, poderia se repetir para garantir mais fluidez no trânsito e menos impactos do esgoto no mar. Os pontos negativos se espalham rapidamente e impactam negativamente na visão dos turistas.

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Aliás

A mobilidade urbana é o calcanhar de Aquiles do governo Gean Loureiro. Ele entra no terceiro ano de gestão sem um plano para o trânsito ou qualquer alteração de impacto. Na sua reforma administrativa de metade de mandato, não trocou o secretário de Transportes Mobilidade Urbana, um sinal de prestígio para Marcelo da Silva. Mas ele e sua equipe ainda têm muito a mostrar para a cidade. O aumento do espaço para pedestres e ciclistas no Centro é um sinal. As melhorias não dependem apenas de obras, mas também de mudanças pontuais que ajudariam a resolver problemas em alguns pontos da Capital. Nos primeiros dois anos e dois meses quase nada se viu.