São gravíssimas as suspeitas levantadas pela Polícia Civil de Santa Catarina em duas operações recentes que envolvem a prefeitura de Florianópolis. Em ambas, os investigadores afirmam que há indícios de corrupção na liberação ou demolição de construções na Capital catarinense. Tanto a secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano como a Floram, órgão ambiental da prefeitura, estão no centro das investigações. A coluna ouviu fontes envolvidas na apuração de que revelam ser um dos principais inquéritos contra suspeitas de corrupção dos últimos anos na Capital.

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Servidores da Prefeitura de Florianópolis são alvo de operação contra construções irregulares

A operação deflagrada nesta quinta-feira (8) é chamada de “Primeiro Round”. Ela é uma sequência da operação “Mecanismo Verde”, deflagrada em 2020 e no final de novembro de 2022, com foco nas questões ambientais envolvendo a liberação das obras. Desta vez, segundo a Polícia Civil, o foco é a corrupção que cercaria estes pedidos feitos dentro da prefeitura.

Os trabalhos de apuração são feitos pela Diretoria Estadual de Investigações criminais. Na primeira operação atuaram com mais ênfase os agentes da unidade de combate a crimes ambientais, e agora fazem a operação desta quinta-feira os policiais da unidade de combate à corrupção.

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Segundo o delegado Rodrigo Dantas, que coordenou os trabalhos desta quinta, há suspeita de cobrança de propina em suas situações específicas: 1 – os agentes públicos receberiam valores de construtoras para liberar obras irregulares; 2 – os agentes públicos cobrariam propina para liberar obras que estariam adequadas ou com documentação em tramitação. Em caso de negativa, as estruturas eram demolidas de forma sumária.

Dantas ainda afirma que a atual operação foca também nos servidores que continuariam participando do esquema. Mesmo com a troca das pessoas, ainda haveria corrupção, de acordo com ele.