Há um nítido avanço no combate à corrupção em Santa Catarina por parte dos órgãos de fiscalização e polícia. Disto não há como fugir e nem motivos para discordar. No entanto, a pergunta que paira no ar é: as investigações é que têm aumentado ou as irregularidades (ou suspeitas) é que cresceram? Na prática, somente um levantamento de cada ponto poderia nos dar um resultado mais claro que responderia esta dúvida. O que se sabe, por outro lado, é que nos últimos anos têm crescido a rede de investigação e a criação de novos grupos destinados a apurar a corrupção na gestão pública (veja fotos abaixo de diferentes operações por SC).
Continua depois da publicidade
Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total
Com uma rede ainda maior de proteção do dinheiro público, os casos passam a aparecer com um frequência mais intensa. A prisão de mais de 20 prefeitos nos últimos quatro anos no Estado, além da investigação contra outros, é uma demonstração grave de que os casos de corrupção se espalharam.
E é importante pontuar: não estou dizendo que se trata de algo generalizado. Porém, Santa Catarina precisa enxergar com preocupação a quantidade de investigações em andamento.
Para agravar o quadro, além dos prefeitos investigados, o que já significaria uma dor de cabeça enorme, há mais casos aparecendo nos últimos anos envolvendo suspeitas contra secretários municipais e vereadores. Prova de que a corrupção pode ter se espalhado pelo poder público nas cidades catarinenses em diversas esferas.
Continua depois da publicidade
Isto revela ainda mais a necessidade de que os órgãos de controle e fiscalização, somados ao Judiciário, possam seguir atuantes. A população catarinense carece de respostas efetivas sobre o que já se investiga ou aquilo que eventualmente ainda pode ser desvendado.