Desde que vieram à tona os áudios e novas provas da operação Presságio, os bastidores passaram a ferver ainda mais em Florianópolis. O ex-secretário de Turismo Cultura e Esporte da prefeitura da Capital Ed Pereira ficou no alvo diante do conteúdo exposto em decisão judicial que estendeu o afastamento dele e do ex-secretário de Meio Ambiente Fábio Braga dos cargos que ocupavam até 18 de janeiro, quando a Deic deflagrou a primeira fase de buscas. Segundo fontes ouvidas pela coluna, as provas apreendidas são capazes de gerar “uma tempestade”.

Continua depois da publicidade

Ex-secretário alvo da Operação Presságio é suspenso pela Maçonaria

Os conteúdos encontrados no celular de Renê Justino, um dos ex-assessores de Ed, seriam apenas a ponta de um iceberg com outros detalhes que podem vir à tona. A própria Polícia Civil diz isto no pedido feito à Justiça para a prorrogação dos afastamentos, quando lembra dos milhares de fotos, documentos e conversas que nem sequer tinham sido analisados até então.

Com a revelação desta primeira parte das provas, o ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte ficou pressionado. Até então defendido na Justiça por familiares, ele estaria próximo de passar a ter como advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, o Gastãozinho, famoso criminalista de Florianópolis. No entanto, Ed também estaria sendo pressionado por familiares a delatar e contar o que sabe.

A entrevista do prefeito de Florianópolis, Topazio Neto (PSD), ao colega Upiara Boschi, na semana passada, caiu como uma bomba para o ex-secretário e os demais investigados: “Não tenho como trabalhar com nenhuma dessas pessoas que são citadas nesses áudios”, afirmou o pessedista. Isto foi visto como um ato de “abandono” aos ex-aliados.

Continua depois da publicidade

Em paralelo, as investigações da Polícia Civil avançam e devem caminhar também sobre outros nomes políticos da Capital, incluindo vereadores. É por isto que os movimentos de bastidores aceleraram, ainda mais por se tratar de um ano eleitoral.