Há seis anos a Diretoria de Estadual de Investigações Criminais (Deic) colocou nas ruas a operação Ragalia. A investigação apurou a facilitação por parte de agentes prisionais, com o apoio de advogados, para a fuga e benefícios aos detentos que não eram previstos pela lei. Além dos servidores e defensores, foram alvos também criminosos detidos no Presídio Regional de Blumenau, onde atuavam os agentes. No entanto, desde 2016 o processo se arrasta no Judiciário. A Regalia, em formato de operação, chegou a ser deflagrada duas vezes. A primeira ocorreu em 2015 e a segunda no final de 2016.
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No Judiciário, o processo foi dividido em partes por conta do alto volume e complexidade, mas a ação principal chegou a ficar pronta para sentença em 2018. O cenário mudou no ano passado com outra decisão que apontou a necessidade de uma sentença conjunta de todas as ações, e até agora o caso segue em primeira instância. Ele tramita na 3ª Vara Criminal de Blumenau.
Dos envolvidos, parte ficou presa por oito meses e também afastada dos cargos públicos. Entre os investigados está o então diretor da unidade prisional na época da operação. A denúncia do Ministério Público (MP-SC) detalha o esquema e expõe graves casos que teriam ocorrido pelo menos desde 2014.
A investigação iniciou ainda em 2012, quando os policiais apuravam os atentados a ônibus e prédios públicos organizados pelo Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Durante interceptações telefônicas surgiram os primeiros indícios de irregularidades no presídio.
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No organograma da corrupção, os agentes prisionais seriam o elo dos presos com os benefícios. O esquema teria iniciado com a liberação de pequenos bens, como celulares. Depois teria aumentado, com a entrada de sacolas cheias de equipamentos. Os agentes passariam a aceitar mediante pagamento de propina até mesmo a entrada de prostitutas.
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