Dentro da Operação Chabu, a Polícia Federal (PF) pretendia cumprir mandados contra um número maior de pessoas do que foi autorizado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Leandro Paulsen. Houve três pedidos de prisão preventiva, todos negados pelo magistrado. Neste caso, os envolvidos ficariam pelo menos 30 dias detidos, salvo mudança na Justiça. Em contrapartida, ele deferiu sete prisões temporárias.
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A PF indiciou, inicialmente, 15 pessoas no seu inquérito, o que aponta para um número de prisões de menos da metade delas. No entanto, os policiais fizeram pedidos de medidas contra 21 pessoas. O desembargador autorizou as ações contra 11 pessoas e indeferiu integralmente as ações contra 10.
No caso do prefeito Gean Loureiro, a PF havia pedido o afastamento dele do cargo por até 60 dias. Paulsen concedeu o prazo de 30. A autorizar a prisão temporária contra o chefe do Executivo, o desembargador faz uma ressalva: “devendo as autoridades zelar para que reste preservada a sua incolumidade física e psicológica durante esse tempo, ou seja, para que a medida não reste mais gravosa do que o necessário”.
Marena
Mesmo tendo ficado pouco tempo na superintendência da Polícia Federal em SC, a delegada Érika Marena, a precursora da Lava-Jato em Curitiba, tem ligação com as operações da corporação de maior impacto feitas no Estado nos últimos anos. Ela comandou a Ouvidos Moucos, com efeitos na UFSC, iniciou a Alcatraz, que cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão em 30 de maio, e agora vem à tona a informação de que esteve nos primeiros atos da Chabu. Érika foi procurada por um ex-delegado da PF para ser informada de que teriam vazado informações sobre uma operação da superintendência.
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Quem assina
O comando do inquérito da Chabu, entretanto, não ficou com Érika Marena e nenhum outro delegado de SC. O responsável pelo caso é Daniel Carvalho Brasil Nascimento, da Diretoria de Inteligência da PF em Brasília. É ele quem assina o inquérito e os pedidos de prisão e busca e apreensão feitos ao TRF4.