A Polícia Federal (PF) concluiu entre outubro e novembro cinco relatórios da operação Alcatraz, em Santa Catarina. Os documentos marcam uma nova fase dos indiciamentos ao entrar na área que originou as investigações, que é a terceirização de mão de obra. A maioria dos contratos apurados é da secretaria de Estado da Administração, mas há também um deles referente aos Correios. A PF indiciou 10 pessoas nos cinco relatórios. A operação foi deflagrada em maio de 2019. Duas pessoas continuam detidas em prisão domiciliar por decisão da Justiça Federal.
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Ao todo, os agentes da PF já fizeram 22 relatórios. Nestes cinco mais recentes há o aprofundamento de um dos braços da investigação que ainda não havia sido explorado. Os contratos de terceirização de mão de obra deram origem à investigação. Os relatórios finalizados entre 26 de outubro e 23 de novembro indicam o envolvimento de empresários e agentes para fraudar contratações.
Quatro dos documentos são focados em licitações feitas pela secretaria de Administração do Estado, seja para serviços da própria pasta ou para órgãos como a Cidasc, IGP, SSP-SC e Detran. O quinto é sobre um contrato dos Correios, uma demonstração de que a Alcatraz também se debruça contra licitações federais e não só estaduais, como se iniciou a operação.
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Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela PF. A corporação ainda pediu à Justiça Federal a extensão do prazo para investigações. Os relatórios agora serão analisados pelo MInistério Público Federal (MPF), que decide sobre o oferecimento ou não de denúncia ao Judiciário.