Na semana em que a operação Moeda Verde, uma das ações de maior repercussão em Santa Catarina, começa a ter seus capítulos finais escritos 12 anos depois do trabalho da Polícia Federal (PF), o Estado é acordado com outra investigação capaz de mexer novamente com a estrutura política catarinense. A operação Alcatraz cumpriu mandados durante todo o dia e ficou por horas dentro de uma das empresas investigadas, em Florianópolis, o que mostra o tamanho do novelo a ser desenrolado pelos policiais a partir de agora.

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Mais do que as prisões e buscas e apreensões do dia 29 de maio, a operação sinaliza ter muito a aprofundar além do que motivou as decisões judiciais responsáveis pela ação desta quinta-feira (30). Como disseram os delegados em coletiva de imprensa, esta é a primeira fase da Alcatraz. Com todos os materiais recolhidos, os investigadores passam a ligar os fatos investigados nos últimos anos para estruturar o supostos esquema.

No meio político, nesta quinta-feira, o comentário era de que os próximos passos podem trazer ainda mais impacto para os envolvidos caso sejam confirmadas as primeiras informações da PF. Apesar de bastante preliminar, a operação já causa bastante impacto pelo o que pode vir.

De uma para outra

Nesta quinta-feira (30) de manhã, pouco antes das 8h, alguns dos advogados criminalistas mais atuantes de Florianópolis estavam no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, para retornar à Capital catarinense depois da primeira parte do julgamento da operação Moeda Verde, no TRF4. Naquele momento, nenhum deles sabia ainda da operação Alcatraz, em andamento no Estado. Ao pousarem em Florianópolis, o cenário mudou. Pelo menos três deles foram procurados para atuar na defesa de envolvidos da ação da PF desta quinta-feira.

Leia também: Julgamento da Moeda Verde continua no TRF4

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Despedida

Sylvio Sirangelo / TRF4
(Foto: Sylvio Sirangelo / TRF4)

A sessão do dia 19 de junho, quando será retomado o julgamento da Moeda Verde no TRF4, será a última do desembargador catarinense Victor Laus na 8ª Turma, que julga os recursos da Lava-Jato. Depois ele deixará o grupo para assumir a presidência do Tribunal. Em seu lugar entra Thompson Flores, atual presidente do TRF4. Foi Laus quem pediu vista e adiou a decisão sobre a Moeda Verde.

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