Um esquema semelhante ao apurado pela operação Alcatraz também é alvo de investigação da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil. Em julho do ano passado, a Deic fez uma ação para combater a lavagem de dinheiro e sonegação com foco em uma empresa do ramo de vestuário. Ao mesmo tempo, os investigadores encontraram irregularidades no direcionamento de licitações de órgãos públicos para uma empresa de tecnologia. E é aí que a Alcatraz se encontra com o trabalho da Polícia Civil.

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As empresas de tecnologia investigadas são as mesmas: Intuitiva, Integra e RMB. As três estão nos dois processos. O trabalho da Deic foi encaminhado ao Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que pediu mais diligências e devolveu o inquérito para a Polícia Civil. À época da operação, ninguém foi preso.

Quando a Deic cumpriu os mandados, a PF ainda não havia concluído sua parte na Alcatraz. Os pedidos de prisão, busca e apreensão à Justiça Federal viriam a acontecer somente três meses depois, em outubro. Por isso, os agentes federais pediram à Polícia Civil o compartilhamento de provas depois de ficarem sabendo da operação estadual.

Do outro lado

Responsável por comandar a operação Moeda Verde em 2007 como delegada da Polícia Federal (PF), Julia Vergara da Silva agora inverteu os papéis. Doze anos depois, como advogada, é a defensora de um dos 11 presos na operação Alcatraz. Ela atende Fabio Lunardi Dias, servidor do Estado que atuava na secretaria da Agricultura e na Epagri.

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